segunda-feira, abril 04, 2005

A História de Bernardo, Escritor Bastardo

É a comovente história de um aspirante a escritor que tem ideias geniais, mas que não as consegue transpor para o papel, porque além de ser alérgico a teclados (seja de computadores ou máquinas de escrever), padece de artrite crónica nas mãos desde tenra idade, não conseguindo escrever mais do que 3 linhas de texto seguidas, no espaço de duas horas. Esse mesmo facto impediu-o de concluir a quarta classe.

Depois de ser expulso das aulas de estenografia avançada, por constantemente conspurcar os ecrãs dos computadores com muco resultante dos seus violentos espirros, recebe uma mensagem no telemóvel onde é revelado o segredo da sua artrite, que nunca lhe foi devidamente explicada até àquele momento fatídico: Bernardo é bastardo, filho ilegítimo de um homem que sofria de artrite e de uma sopeira. Mais tragicamente ainda, fora a sua suposta mãe quem enviara a mensagem, farta de lhe aturar as crises existenciais.

Decide lançar-se na busca do seu verdadeiro pai, sempre escrevendo 3 linhas por cada duas horas sobre a epopeia em que se lançara nesse dia. Ao fim de 6 horas, descobre que o pai é um escritor famoso (não alérgico a teclados) que, ao encontrar-se com o filho e ler os seus eternamente incipientes textos, repudia o seu estilo como não sendo digno "de um puto na quarta classe" (que Bernardo nunca acabou).

Confuso, refugia-se na bebida.

4 Comments:

At 4:42 da tarde, Anonymous Anónimo said...

é.
Nós aqui os 4 (ou 5) leitores, gostámos muito desta história mas devido a um forte ataque de dôr de cabeça,ou lá que raio foi isto, ficámos um pouco confusos. Ou não.

 
At 5:19 da tarde, Blogger Onyros said...

Muito simples! "Confusos... refugiaram-se na bebida"!

 
At 5:25 da tarde, Anonymous Anónimo said...

depois de muito pesquisarmos não sabemos onde fica A Bebida...
dirigimo-nos rapidamente para qualquer sítio e fizémos qualquer coisa que já não nos lembramos muito bem... paciência!

 
At 5:46 da tarde, Blogger Onyros said...

Citando um iluminado membro da APNAF (Associação Portuguesa dos Não-Acabadores de Frases): "Eh pá, é mesmo ali ao lado da..."

Não quero terminar este comentário sem dizer, no entanto...

É que eu acho isto assaz...

Então, até...

 

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