Sem vinho não caminho.
Uma lúcida recomendação a todos os incautos internautas que possam por aqui passar: Dom Rafael, tinto 2004.
Ali mesmo ao lado da Quinta do Carmo há uma herdade que faz uns vinhos de dar pontapés na alma: a Herdade do Mouchão e o seu supostamente menos nobre Dom Rafael.
Duma predominante Alicante Bouschet e das também tradicionais Aragonez, Trincadeira, Periquita e Moreto, nasce um Dom Rafael de cor forte, com frutos vermelhos relativamente maduros e um aroma onde identificámos (eu e o outro alcoólico unânime que aqui posta) algumas especiarias. Quais é que ele não soube, definitivamente, dizer.
Também sentimos o genuíno "pirolito" da sua acidez, porque é um vinho jovem e com ganas, o que justifica que, apesar de tudo, seja intenso e com um comprimento de língua mais que suficiente.
Curiosamente, o cepo do outro AU identificou a madeira, do carvalho em que estagia o Dom Rafael. Tudo indica que ele teve oportunidade de ler o rótulo enquanto eu estava a cozinhar. Ou então sentiu-se imbuído da inspiração que graceja os bons bebedores, especialmente quando já bem beberam.
Apesar de sermos ambos apreciadores de um bom Chaminé (nesta gama de preços, entenda-se), ficámos com a impressão unânime (alcoólica) de que o Dom Rafael lhe é superior.
Na nossa mui humilde opinião, diria que, de 0 a 20, é um sólido 16.
E já que falamos nisso, ao Chaminé eu daria um belíssimo 15. O Syrah que está tão na moda, ao fim e ao cabo, ainda se adaptou muitíssimo bem ao nosso Alentejo.
Já agora... com é que estará o Syrah do João Portugal Ramos?
2 Comments:
YESSSSSSSSSSSSSS
FINALMENTE UMA ACTUALIZAÇÃO MEUS! YESSSSSSSSSSSSSSSS
Os AU NUNCA se deixarão extinguir!
Aliás, posso já avançar que está em fase de projecto o novo blog, a continuação dos AU, mas com mais pinta.
A anunciar por aqui, brevemente.
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